quarta-feira, março 22, 2006
ESPERANÇA E COMPAIXÃO
É muito triste ver tudo de mal que o ser humano é capaz de fazer. Dói. Dói muito. Pior, talvez, seja quando nem se dói mais, quando anestesia. Vive-se em estado de choque, letargia.

Mas também existe o outro lado, o lado bom, solidário, mesmo nos momentos mais difíceis.

Assistia a um desses programas da tarde com os “casos da vida real”, e o tema de hoje era “Quero meu filho de volta”: mães que buscam desesperadamente seus filhos desaparecidos por motivos diversos.

Ainda não tenho filhos, não sei sequer imaginar como deve ser difícil viver com o coração dilacerado por essa perda. Se prendendo a qualquer informação, por fios mínimos de esperança, por qualquer pista, pelo desejo de rever, ainda que machucado, desmemoriado. Mas vivo.

Mexeu muito comigo. Minha mãe me contou algumas vezes dos momentos tristes – graças a Deus, breves – das tentativas de seqüestro que sofri quando pequena. Em uma ocasião, brincando com uma amiguinha, uma mulher entrou no terreno, me levando com ela. Minha amiga correu para dentro avisando minha mãe:

- Tia, tão levando a Nega!

Minha mãe largou tudo, e saiu em tempo de me ver dobrando a esquina, de mãos dadas com a raptora, que talvez estivesse me levando para pais adotivos em outra cidade, outro país. Talvez hoje, fosse minha mãe.

Talvez hoje, fosse a minha mãe uma das bravas mulheres naquele programa, procurando por mim, esperançosa em me rever, me abraçar, me acarinhar. Seria ela a dar o ombro para aquelas outras mães que talvez antes nem a conhecessem, ou que já se esbarraram em suas andanças, em suas buscas ainda sem fim, unidas pela mesma dor, pela esperança, por compaixão.



LINKS ÚTEIS:

Mães da Sé
'Mães da Sé' é uma das entidades que fornecem informações para o sistema de ajuda à procura de crianças desaparecidas. (11) 3331 3331

http://www.ssp.sp.gov.br/
http://www.policia-civ.sp.gov.br/
http://www.mj.gov.br/
http://www.cidadania-e.com.br/
http://www.terceirosetor.org.br/
http://www.unicef.org.br/
http://www.prefeitura.sp.gov.br/
http://www.direitoshumanos.usp.br/
http://www.unesco.org.br/

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postado por Aleksandra Pereira às 7:16 AM | 1 comentário(s)
terça-feira, março 21, 2006
Nina
Eunice Kathleen Waymon, pianista, cantora e compositora, mais conhecida como Nina Simone. Nasceu em 21 de fevereiro de 1933, em Tryon - Carolina do Norte, Estados Unidos. O nome Nina Simone foi adotado por dois motivos: Nina ela gostava porque significava pequena e Simone foi em homenagem à atriz francesa Simone Signoret, de quem era fã.

Foi uma das primeiras artistas negras a frequentar a Julliard School of Music, de Nova Iorque, famosa e conceituada escola de piano.

Em meados dessa década, começou a acompanhar artistas na noite de Atlantic City e se viu obrigada a cantar para continuar o sustento da família.

Mostrando versatilidade vocal que navegava entre o gospel, soul, blues, jazz e folk, Nina chamou a atenção de vários artistas como George Harrison, Bob Dylan e os irmãos Gershwin, entre outros.

Sua composição, "Mississippi Goddamn", se tornou um hino ativista ao longo dos anos. A música foi composta após o assassinato de quatro crianças negras numa igreja de Birmingham, em 1963.

Nina Simone faleceu, na França, no dia 21 de abril de 2003, e nós perdemos mais uma grande voz, e uma grande mulher.



Textos extraídos do CD-ROM "100 Anos de Música" e do site allaboutarts.

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postado por Aleksandra Pereira às 5:29 AM | 1 comentário(s)
sábado, março 18, 2006
19 de março


Em anos diversos, essa data marcou muitas coisas boas, algumas que nem existem mais.

Amanhã, 19 de março, três anos "aturando" essa rabugice: Atena, meu bebê, o que me ficou de bom ao fim de um relacionamento.

Estava em casa arrumando tudo - como sempre -, e Atena vive no meu pé, é a minha sombra. Ela se faz de difícil, durona, mas é tudo fachada. Alguma coisa a assustou, e ela veio se abrigar aos meus pés, se protegendo. Só que eu não vi, e quase a pisei.

Na mesma hora, percebi como aquela situação era idêntica a algo que é tanto dos seres humanos - como às vezes nós, mesmo sem querer, machucamos aqueles que mais devemos amar, proteger.


 
postado por Aleksandra Pereira às 6:59 PM | 6 comentário(s)
quarta-feira, março 15, 2006
CASTELO DE CARTAS
Diana amava Alessandro. Amava às escondidas, essa era a verdade. Nunca assumiria publicamente esse amor, não conseguia esquecer que Alessandro era pobre. Tão pobre quanto Diana, mas essa mentia para se dar bem na vida. Almejava uma vida de luxo, jóias, viagens a dois. Com Alessandro, dividiria somente contas para pagar.

Até surgir Alfredo. Boa-pinta, advogado, carro do ano. A promessa do futuro caro e tranqüilo que ela tanto esperava. Em três meses de namoro, o casamento já estava marcado.

Alessandro, coitado, sofreu com a traição. Sua sorte foi ter por perto Glória, amiga desde o colégio. Glória. Sempre prestativa e generosa. Sabia de suas dificuldades, e o estimulava a estudar, a melhorar. Em uma cerimônia coletiva e simples, mas com o início de um verdadeiro sentimento, casaram-se quase ao mesmo tempo que Diana e Alfredo.

Alfredo levou a esposa para morar com seus pais, enquanto a tão sonhada casa não ficava pronta. Os primeiros meses foram bons, ainda que Diana pensasse sempre em Alessandro.

Um dia, após um exame de sangue e um filho para alegrar a vida, o mundo de Diana caiu, por duas vezes: descobriu que Alfredo tinha uma amante, e que iria viver com ela. Soube também que seu conto de fadas não passava de mentiras, uma sobre a outra. Alfredo morava de favor com os pais, que o estavam expulsando porque ele lhes desfalcava em dinheiro e bens. A tão sonhada casa que estava sendo erguida, nem sequer existia.

Após algumas semanas do casamento, Alfredo descobriu que Diana mentira sobre suas origens e que era pobre. Não teria de onde arrancar dinheiro para que pudesse saldar suas dívidas, principalmente a do agiota que lhe perseguia, o que o obrigava a roubar dos pais. Até que ele conheceu Irene, perua cinqüentona riquíssima que de longe farejou o verdadeiro interesse de Alfredo por ela, mas que o amava mesmo assim.

Diana não derramou uma lágrima sequer. Estava seca, mesmo com um filho crescendo no ventre. Sozinha, volta para a casa dos pais, onde se tranca até muito tempo após o nascimento do filho. Se perguntava por onde andaria Alessandro, e se ele ainda pensava nela.
______________________

Os anos passam. Um dia, trabalhando como vendedora em uma loja que pagava pouco, mas lhe garantia o sustento, Diana revê Alessandro. É impressionante como, depois de tanto tempo, ainda sente o mesmo tremor nas pernas quando o tem assim, tão próximo.

Alessandro está mais centrado, sereno. Se surpreende em rever Diana, mas a cumprimenta como a uma amiga que não vê há muito, mas simplesmente uma amiga.

Conta que estudou, trabalhou muito. Foi morar no interior com a família, comprou alguns bois, é um pequeno fazendeiro bem quisto na região, emprega pessoas. Não é nada perto do luxo com o qual Diana sempre sonhou, mas é feliz.

Diana ia lhe perguntar se ele ainda pensa neles, quando dois meninos chegam correndo e pulam em Alessandro. Glória entra um pouco atrás, redonda, ostentando uma nova gravidez. Cumprimenta Diana com tranqüilidade, conhecedora do coração do marido.

Glória e os filhos esperam no carro, Alessandro e Diana se despedem. Alessandro então pergunta se ela é feliz. Diana responde que sim, esperando que ele acredite. Que ela mesma acredite.

Um funcionário, mais tarde, fecha as portas da loja, enquanto se despede de suas colegas de trabalho. Tem pressa, e Diana o atrasa.

No estoque, só os manequins abandonados testemunham o choro há muito contido e represado de Diana, que um dia quis o mundo, hoje queria só ser a esposa grávida de um pequeno fazendeiro no interior.

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postado por Aleksandra Pereira às 4:14 PM | 3 comentário(s)
terça-feira, março 14, 2006
Diminutos desesperos
Três mulheres que não encontram sentido em suas vidas, que anseiam mais, mais do que o rame-rame dos dias.

Um dia da vida de três mulheres, em três épocas diferentes. Um homem, desnudando a alma feminina com maestria.

Ela quer um livro (...) que possa carregar
o que aquela memória carrega”
As horas, Michael Cunningham

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postado por Aleksandra Pereira às 1:44 AM | 2 comentário(s)
sábado, março 11, 2006
MANIA DE MANIAS
A Andréa N., me enviou essa corrente bacaninha onde devo listar cinco manias, e funciona assim:
"Cada bloguista participante tem de enumerar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que o diferenciem do comum dos mortais. E, além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogs aviso do 'recrutamento'. Ademais, cada participante deve reproduzir este 'regulamento' no seu blog."
Difícil...
Pensei, pensei, e acabei listando essas:

Andréa, querida, você não está sozinha nessa: uma mania minha é a de roer as unhas. Trato, cultivo, pinto. Quando estão grandes, rôo tudo, principalmente quando alguma coisa me preocupa. Aí começo tudo de novo...

Cadeiras (ou poltronas) centrais. No cinema, teatro, consultório médico, faculdade, tem de ser no meinho!

Escrever, de tudo. Frases soltas, pensamentos, desvarios. Tudo é material de inspiração para roteiros, contos, posts.

Guardar coisas. Revistas, entradas de cinema, shows, teatro, postais, cartas, bilhetes, fotografias... Só não guardo dinheiro!

Dormir coberta, pelo menos por um paninho. Atualmente, com o calor que faz aqui, me cubro com uma canga, caso contrário, não durmo direito.

Cabe mais uma?

A-M-O minha biblioteca. Não tem, nem de perto, o volume de livros que gostaria, mas sou ciumenta e caprichosa com eles, orgulhosa mesmo. Então, tenho mania de arrumar livros, sempre. De tirar tudo, espanar estante, limpar um por um, separar por autor...

Agora, a dúvida: pra quem passar essa corrente? Eu também nunca passo correntes, mas gostei desta, e gostaria que Ivan, Alexandre, Roberto, Denise (nova amiga!) e Luis Cristovão compartilhar conosco suas pequenas e deliciosas (por que não?).

P.S.:
tá, eu sei que o Alexandre e o Roberto respondem pelo mesmo blog, mas eles são dois, né?...



Update:
Faltou uma que eu também a-d-o-r-o: ouvir música no escuro!


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postado por Aleksandra Pereira às 9:25 PM | 6 comentário(s)
Minha mãe, que é Maria (de Lourdes), guarda até hoje a pulseira de identificação que recebi ao nascer. Nela, meu nome é Maria, nome universal para todas as meninas que ainda vão ter seu nome definido. Sou Aleksandra, quando grito para o mundo que sou única, especial. Sou Maria, ao lembrar que somos todos iguais, na batalha, na esperança, guiados por essa mãe de Fé.

* * * * *

Estou muito, muito feliz. Estou encontrando meu lugar no mundo, e tenho muita sorte por todas as pessoas bacanas que conheci, de perto ou de longe - mas sempre presentes. Se para conhecê-las, tivesse que passar novamente por todos aqueles que um dia me feriram ou me magoaram, passaria por tudo, de novo. É muito bom poder ainda acreditar nas pessoas.

Beijos.

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postado por Aleksandra Pereira às 2:37 PM | 4 comentário(s)

Detesto enterros. Um clima tão deprimente. Tristes pessoas de preto flanando em torno de uma caixa de madeira, depositária dos restos de alguém que, um dia, já foi alguém.

Olhos inchados. Soluços e mãos moles tentando consolar uma dor que não para medir, que não dá para nomear. Nem todos a sentem. Alguns, só a fingem. Mas algumas pessoas realmente se importam. O engraçado, e triste ao mesmo tempo, é descobrir quem elas são, quando não resta mais essa alternativa para quem se foi.

Sempre imaginei como seria a sensação de perder alguém tão próximo. Como seria um dia acordar e dizer "fulana não está mais aqui", "não, ela não poderá ir a sua festa, pois ela morreu semana passada". Como seria olhar para a cama ao lado, e imaginá-la para sempre fria.

Gostaria que o sentimento fosse como o de alguém que sofre de amnésia: apagar completamente aquela pessoa da sua vida, riscá-la de sua história. É muito triste para quem se lembra, mas não dá para agradar todo mundo.

Depois de um tempo cercando o caixão, todos se vão. E aquela pessoa que se foi fica ali, esperando por decisões que ela mesma já não pode mais tomar. Alguém decidirá por ela onde e o quê fazer com o que lhe resta. Reduzida ao nada. Ou ao pó.
Realmente detesto enterros. Se pudesse, não iria a nenhum. Nem ao meu. Mas a esse, infelizmente, eu não pude deixar de ir.

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postado por Aleksandra Pereira às 2:29 PM | 1 comentário(s)
quarta-feira, março 08, 2006
UM DIA SÓ É POUCO


Sou metade, sou inteira.
Alegre ou triste, verdadeira.
Sou da Paz, sou guerreira.
Um pouco de tudo, e o
que Deus quiser.
Mas sou com raça, vou com
fibra. Sou mulher.



Nosso dia. Hoje, amanhã, sempre. Porque mulher não se contenta e nem merece um só dia. Abrimos caminho, erguemos bandeiras, queimamos sutiãs, amamos loucamente. Mulher é bicho teimoso mesmo. Graças a Deus.

Lavemos nossas lágrimas, companheiras. O mundo já e também é nosso, mesmo que às vezes tenhamos de elevar a voz para estabelecer nossos direitos.


Obs.:
Releiam este afago, de Adélia. Me furto a chama-la assim, intimamente. Alguém que sabe tanto sobre a alma da gente, e nos devolver esse conhecimento tão complexamente simples, é de casa, visita daquelas que se serve na geladeira.

Façamos como a Denise, brademos aos ventos. Só não percamos a voz.

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postado por Aleksandra Pereira às 12:30 AM | 9 comentário(s)

" Sonhar é acordar-se para dentro. "

MÁRIO POR ELE MESMO

Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a Eternidade.

Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du peu... Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?

Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Erico Verissimo - que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras.

(Texto escrito pelo poeta para a revista IstoÉ de 14/11/1984)


SITES SOBRE QUINTANA QUE RECOMENDO:
Nosso Quintana...
Mario Quintana: Eterno Espanto
2006 - ANO DO CENTENÁRIO DE MÁRIO QUINTANA


(Foto: Liane Neves)

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postado por Aleksandra Pereira às 9:43 AM | 6 comentário(s)
sábado, março 04, 2006
GRUPO LITERÁRIO “CAFÉ COM LETRAS”
O Grupo recebe os interessados em iniciar ou aperfeiçoar seus passos literários, em reunião quinzenal aberta, quando se praticará a arte de escrever em prosa. Cada reunião, um tema, um enfoque diferente, capaz de despertar a criatividade que levará a uma boa produção literária dos participantes do Grupo CAFÉ COM LETRAS.

Participe. Dê esta oportunidade para sua inspiração.
Informações com Elaine [13 3233 4915]

Horário: 14:30h (duas e meia da tarde)
Local: AMBEP/SANTOS
Endereço: Av. Ana Costa, 259 cj. 53 ( Ed. Centro Clínico)

Entrada gratuita. Próxima reunião: 16 de março de 2006.

Coordenação:
Neiva Pavesi | Regina Alonso | Sônia Adhariass Soares


Update:
Encerraremos o tema abordado por Affonso Romano de Sant’Anna, Como se Faz Literatura, do livro A sedução da Palavra. No capítulo O Fazer Literário por Dentro, o autor dá um roteiro de leituras complementares e fala dos “romances de formação”. Para ele, a literatura é um drama em três atos: o escrever, o publicar e o ser lido. Para que não haja drama, a composição literária será baseada no conto de Fernando Sabino O encontro marcado.
 
postado por Aleksandra Pereira às 8:14 PM | 3 comentário(s)
Inspirada na queridíssima Andréa N. que postou sobre a beleza marota de Vince Vaugh, resolvi escrever sobre o ator que me inspira, aquele por qual suspiro, o que considero o símbolo do homem perfeito: Colin Firth. Charmoso, inteligente, excelente ator, inglês...

E a opinião de que ele é o homem perfeito, não é só minha: Helen Fielding, ao escrever "Bridget Jones's Diary", sua inspiração para seu Mark Darcy foi o Fitzwilliam Darcy de "Orgulho e Preconceito", uma das principais obras de Jane Austen. Como Colin fez o papel do Coronel para a versão da TV Britânica BBC...

Torço para ver "Where the Truth Lies", do Atom Egoyam, com Colin e Kevin Bacon. Polêmico.

Ai, meus sais...

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postado por Aleksandra Pereira às 6:08 PM | 10 comentário(s)
sexta-feira, março 03, 2006
PARA FECHAR A NOITE

Chegando em casa ontem, zapeando, o SBT repetia a exibição do filme “A Assassina” [Luc Besson, versão americana de seu “La femme Nikita”]. Gosto do elenco – Gabriel Byrne, Bridget Fonda. Peguei o filme ainda no começo, mas me lembrava que havia uma personagem que pegava a Bridget Fonda e fazia com ela algo como no “Pigmalião”: refinava, transformava em uma nova mulher. Para tanto, precisava ser alguém elegante, que transpirasse cultura, requinte, refinamento.

Anne Bancroft.

Quem me acompanha, sabe que a adoro. Saber de seu falecimento, ano passado, foi como perder alguém da família. Espero que a organização do Oscar desse ano lembre-se dela, de toda a sua carreira, do caso de amor com o marido Mel Brooks, sua caracterização como a personagem trágica por excelência, num filme político, ainda que focado em revoluções menores, internas, entre quatro paredes: sua Mrs. Robinson, em “A primeira noite de um homem”.

Fará falta. Muita.

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postado por Aleksandra Pereira às 3:55 PM | 2 comentário(s)

LÁGRIMAS LAVADAS© 2006, por Aleksandra Pereira. All rights reserved.