Já escrevi uma vez um post onde relatava minha já antiga paixão por livros. De um modo estranho, não guardo amigos de infância, olho para trás e não vejo raízes. Os únicos que reconheço facilmente são aqueles que me acompanham até hoje: Machado, Flaubert, Calvino, Shakespeare, Woolf, Rosa, Wilde, Veríssimos, Rey e outros tantos, sempre com um à mão.
Eternos companheiros. Minha biblioteca é meu santuário, meu conforto, paixão adquirida antes de me deixar envolver pelos já incalculáveis filmes que assisti. Mas foi de tanto ler que cresceu em mim o desejo de me tornar escritora, de criar e imaginar histórias para as mais diferentes vidas, mas as de pessoas comuns, com carne, osso e sentimentos.
Hoje escrevo roteiros para cinema, tv, vídeo. Adoro essa atmosfera de escrever, produzir, finalizar, esse trabalhoso e gratificante processo de atuar em equipe, saber ouvir e também falar na hora certa, bem diferente de meu ainda solitário hábito literário com os contos que posto aqui e que me deram a oportunidade de conhecer pessoas incríveis.
E esse hábito deixou de ser paixão, para se tornar amor para a vida toda.
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