Leo, acho que agora consegui: lembrei desse mico, que fiz QUESTÃO de esquecer. Os outros, infelizmente, são impublicáveis.

Pensei, pensei, e desencavei esse mico da época que tentei fazer faculdade de Relações Públicas aqui em Santos. Parei no segundo ano por descobrir que o curso não existia. Não sei como está hoje, mas na minha época eu não aprendia praticamente nada. O único professor com quem aprendi algo foi o Iberê Sirna. Acabei indo para São Paulo e me formei publicitária pela Cásper Líbero mas, antes disso, ainda aqui em Santos e na FACOS, o curso de jornalismo recebia para uma palestra o repórter Caco Barcellos. Eu era super fã dele, e me ofereci para auxiliar no evento, nem que fosse para ficar repondo copo descartável.

No dia do evento, uma das meninas-chave da coordenação não apareceu, e me deixaram no lugar dela. Minha função? Apresentar as instalações da faculdade para ele, fazer um resumo sobre o curso, blá, blá, blá.

Eu, ansiosa por demais. Imaginem, O Caco Barcellos, admirava o cara. Como nos desencontramos (o primeiro erro), comecei a apresentar as instalações de onde estávamos, do último andar, descendo para o primeiro. Lá ia eu, tremendo feito vara verde, o gajo educadíssimo e disfarçando não perceber meu interno mas quase transbordante transtorno, e aquela turba atrás de nós, como se todos fossem visitantes. Eu abria uma portinha, explicação básica, olhadela, fecha portinha, vamos para a próxima. Nesse meio tempo, ele me disse alguma coisa sobre um trabalho desenvolvido na época, eu toda saltitante, me sentindo a companheira de trabalho e praticamente trocando de curso naquele instante, vou abrindo sem aviso a porta do laboratório de rádio, conversando já intimamente com meu mais novo amigo de infância.

Daí olho um momento para todo mundo, incluindo umas duas professororas minhas, que congelam. Não tinha dado tempo dele entrar ainda para sua conferida rápida, o que foi a salvação, pois havia aberto a porta do bannheiro feminino. A companheira de equipe, trocando de roupa lá dentro, entregue pelo reflexo no encontro dos espelhos.

Presença de espírito instantânea, continuamos o passeio com uma multidão muda, praticamente um serviço religioso e profundo.

Nunca mais me chamaram para atuar em nenhum evento. Assim, sem motivo.

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postado por Aleksandra Pereira às 5:17 PM |


7 Comentários:


At segunda-feira, novembro 27, 2006 5:46:00 PM, Anonymous Anônimo 

Coitado do Caco, não pode ver direito o melhor dos aposentos...

hahahahahhahahahhaa!!!

At segunda-feira, novembro 27, 2006 8:27:00 PM, Blogger paty 

Ohhhh...Alê, fiquei com peninha de você,rsssss.Imagino seu nervosismoe depois imagino seu constrangimento.Beijokos

At terça-feira, novembro 28, 2006 12:32:00 AM, Blogger Marcia 

hahahahahahahaha...
parece que estão precisando de uma guia assim lá na Grobo.

At terça-feira, novembro 28, 2006 5:35:00 PM, Blogger Vivien Morgato : 

Menina, eu sempre entro no banheiro masculino em shopping...rs

At quarta-feira, novembro 29, 2006 2:00:00 AM, Blogger Unknown 

Hehehehhe!
Muito engraçado!

Tô boba! Depois de ler teu post lembrei instantaneamente de 3 (SIM: TRÊS!) micos que aconteceram comigo! Custei tanto a lembrar de um, pra participar da brincadeira e agora lembro 3!!
Se bem que são impublicáveis! Ou difíceis de contar, sei lá!
Mas um foi no chuveiro, numa casa na praia, outra na minha lua-de-mel e outra com hóspedes que estavam na minha casa!
Oh, céus! Tinha esquecido completamente! Um dia eu conto!

At quinta-feira, novembro 30, 2006 8:50:00 AM, Blogger Alexandre Costa 

É...o Caco perdeu o melhor da festa...heheheheh!

At sábado, dezembro 02, 2006 4:36:00 PM, Blogger Mariana Mesquita 

Ahahaha. Muito boa!

Pois eu, quando fui participar da banca do meu atual emprego, saí tão atarantada da sala que entrei num banheirinho estranho, com privadas penduradas na parede. Levei uns 15 segundos para 'realizar' que tinha entrado no banheiro masculino, mas como era época de recesso, graças a Deus a faculdade estava vazia e não vi ninguém pelado. Quase escapo do vexame: digo quase, porque na hora em que saí dei de cara com o coordenador do curso de jornalismo, o mesmo que estava me julgando cinco minutos antes...

Beijo e apareça mais, lá no sítio!



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