- Tudo, e ao mesmo tempo, nada.
- Poxa! Não respondi ao que me perguntou? Olha que eu fui até sincero nas respostas.
- Falou sobre meu trabalho, e nada sobre o que quero saber: sobre você.
- Acredite, não tenho nada de interessante para contar.
- Vê o que eu vejo? Você é uma incógnita, um enorme ponto de interrogação. Não ria, é sério. Nunca me sinto completamente à vontade perto de ti. Sempre tenho a impressão de sair da conversa nua, entregue, desarmada, e sem saber nada sobre você.
- Não sou um cara excepcional. Vai se decepcionar com o que pode descobrir.
- Me dê ao menos a chance de perceber isso sozinha.
- Não posso.
- E por que não?
- Não gosto de me sentir entregue e desarmado. É muito perigoso. E pelo que imagino, você fica bem melhor nua do que eu.
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