28. Vinte e oito anos.
Ao completar quinze, só pensava em meus 18,
e o que conquistaria até lá.
Aos 18, já sonhava com os 21.
21 anos. Diploma do superior nas mãos,
imaginando que aos 25 teria tudo o
que havia desejado na vida.
O tempo passa. Caminham os ponteiros do relógio.
E o terceiro grande ciclo prestes a se completar,
trazendo com ele os 28 anos.
Vinte e oito. Entrando no jardim da casa dos 30.
Ave, Balzac!
Hoje, da altura dos meus 27 e tantos,
olho para trás, tentando ler em minhas pegadas
o caminho que trilhei pra mim aos 15, 18, 21, 25.
Desejos que mudaram, outros acrescidos, alguns renegados.
Mais perto de uns, mais distante de outros.
Mas a idade também, de certa forma,
faz com que procuremos ver as coisas,
as mesmas e outras,
com outros olhos:
enxergar as perdas como recomeços;
as tristezas, como aprendizado.
E, principalmente,
o + 1 denunciado em minha identidade
como experiência, e não só mais fios
brancos em meus cabelos.
A vida não continua.
Se inicia.
Tic.Tac.
Sei que deveria e seria mais lógico até postar este texto após completar os 28, mas, sabe como é, sou apressada, já pensando nos 30...
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