- Quase tudo.
- Como assim, quase?
- Algumas coisas, poucas, ainda não fiz. Outras, vario de preferência de acordo com os parceiros...
- Sexo oral?
- Gosto. Muito.
- Mais de dar, ou de receber?
- Dar.
- Ah, é? A maioria das mulheres que conheço preferem mais é receber, e reclamam que nós homens nunca sabemos como deixar vocês, loucas.
- E é isso mesmo. Mas eu também fico muito louca fazendo.
- Vai me contar como é?
- Não.
- Me mostrar?
- Não.
- Vai deixar o dito pelo inaudito?
- (...) É uma sensação maravilhosa, louca. O prazer do homem ao perceber minha intenção. A calma forjada, tornando elásticos os segundos. Aquele pau, duro, imponente, arrogante, ser totalmente sobrepujado no calor da minha boca. A preparação, a última visão de um olhar que me implora. Finalmente, a posse.
Os movimentos, os gemidos. Saber que o gozo está por vir, mas tentar retardá-lo, ao ponto de explodir, explodir de um prazer tão intenso, que gozo também, junto. Pelo poder. O poder de ter um homem subjugado e dominado. Do começo, ao gozo. Do êxtase, ao fim. E ao começo.
trecho do livro "Singularidades Nuas"
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