domingo, abril 30, 2006
DESCOMPASSO
Dance comigo mais uma vez, Manoela. Me faça esquecer desse cinzeiro cheio de baganas manchadas com batom e da visão derradeira de suas costas, me dando adeus.

Ainda sinto teu gosto, teu gozo. A pele encharcada de suor ainda guarda tuas impressões, teu calor.

O calor do teu corpo sob o vestido vermelho sangue. Os olhares trocados em meio a movimentos precisos, exatos, encaixados. Volúpia entre passos e sussurros, línguas, salivas.


Num canto escuro do salão, o ritmo frenético de suas ancas ao sabor da música, de um tango que cantava entregas, ciúmes e mágoas. Surdo pelos teus gritos de lascívia, censurei todos os avisos de "nãos", "talvez". Já era inteiro teu, Manoela.

Ignorei o fato de que o principal fantasma que ronda os mais conhecidos tangos é a sombra de um outro. "
Mas somos diferentes", você me dizia entre cigarros, após a entrega do sexo. Você me amava. Amava.

Não sei em qual momento nos distanciamos se, por algum tempo, realmente a tive. Não posso, não consigo imaginar em qual instante você se rendeu a outros braços, mãos, carícias. A outra alma.

Volte. Nem que seja para me machucar ainda mais. Me faça esquecer a visão derradeira de suas costas me dando adeus, e desse cinzeiro cheio de baganas manchadas com batom.

Dance comigo, Manoela.

Mais uma vez.


FOTO
Tango dancers_Buenos Aires, Pablo Corral Vega

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postado por Aleksandra Pereira às 12:15 PM | 5 comentário(s)
domingo, abril 23, 2006
“PROCURA-SE”
ou “COMO PERDER SEU MARIDO (NO SUPERMERCADO)”

Quando conta nem ela mesma acredita, mas Anete perdeu seu marido enquanto faziam compras no supermercado. Sim, perdeu. Há dois anos.

O que Anete não soube foi que, enquanto escolhia entre testar ou não uma marca nova de detergente, Durval, o marido perdido, rumava em direção ao perigo que o aguardava em meio às delícias do setor das guloseimas:

Xênia, prestativa demonstradora de biscoitos, um sorriso nos lábios, a mocidade latente e tudo o que Durval queria para ser feliz: 90 de busto, 60 de cintura, 90 de quadril.

A curvilínea prestadora de serviços só precisou lhe dizer: “Vem!”. E ele foi.

Anete ainda assina o sobrenome de Durval – legalmente, ainda é casada. Nunca se sabe, talvez um dia, uma noite, Durval retorne cansado, com seu velho andar pesado, reclamando o jantar na mesa.

Volta, Durval. Hoje a Anete fez Picadinho.

pintura do belga Magritte
"eu faço uso da pintura para tornar os pensamentos visíveis".

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postado por Aleksandra Pereira às 1:39 PM | 6 comentário(s)
sexta-feira, abril 21, 2006
"O bom diarista é aquele que escreve para si apenas ou para uma posteridade tão distante que pode sem risco ouvir qualquer segredo e corretamente avaliar cada motivo. Para esse público não há necessidade de afetação ou restrição."



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postado por Aleksandra Pereira às 2:51 PM | 2 comentário(s)
sábado, abril 15, 2006
FAZER A DIFERENÇA
Era uma vez um escritor que morava em uma tranqüila praia, junto de uma colônia de pescadores. Certo dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar perto, ele reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia, para, uma por uma, joga-las novamente de volta ao oceano.

- Por que está fazendo isso? - perguntou o escritor.
- Você não vê?- explicou o jovem - A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar e morrer se ficarem aqui na areia.

O escritor espantou-se.

- Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, e centenas de estrelas-do-mar espalhadas por elas. Que diferença faz? Você joga umas poucas de volta do oceano. A maioria vai perecer de qualquer forma.

O jovem pegou mais uma estrela na praia, jogou de volta ao oceano e olhou para o escritor e disse:

- Para essa eu fiz a diferença.

Naquela noite o escritor não conseguiu escrever, sequer dormir. Pela manhã, procurou o jovem, uniu-se a ele e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano. Sejamos, portanto, mais um dos que querem fazer do mundo um lugar melhor.


p.s: DESCONHEÇO A AUTORIA, QUEM SOUBER, POR FAVOR ME AVISE.


A IDÉIA ESTÁ AÍ. FAÇAMOS A DIFERENÇA, MUDANDO O MUNDO, NOSSO PAÍS, BAIRRO, CIDADE, RUA, FAMÍLIA. NÓS MESMOS.

FELIZ PÁSCOA!

 
postado por Aleksandra Pereira às 8:48 PM | 7 comentário(s)
sexta-feira, abril 14, 2006
Grupo Literário “ Café com Letras”
Release
Grupo Literário “Café com Letras”
Abril de 2006
2.ª reunião do mês

Abril, “o claro mês das garças forasteiras”, é o mês de aniversário do Poeta do Mar Vicente de Carvalho e do Grupo Literário Café com Letras! Como vêem estamos em ótima companhia.

Em seu primeiro aniversário Café com Letras dá um presente especial aos santistas que querem aprimorar e ampliar seus passos literários. O aniversário é nosso! O presente é seu!

2.ª Oficina de Haicai Café com Letras com as coordenadoras Regina Alonso e Sônia Adhariass Soares
Participe. Conheça a delicadeza do poema de origem japonesa que traz em 17 sílabas, todo o universo.Desperte sua criatividade: aqui, quem aprende faz na hora.

No Café com Letras você é sempre bem-vindo!
Escolas, por favor, agendar com Elaine.

Dia 20 de Abril de 2006
3.ª quinta-feira do mês
Horário: 14:30h (duas e meia da tarde)
Local: AMBEP/Santos
Endereço: Av. Ana Costa, 259 cj. 53 (Ed. Centro Clínico)
Entrada grátis.
Informações: Elaine
Tel. 3233 4915


* WOMAN WITH BOOK,
Pablo Picasso
 
postado por Aleksandra Pereira às 8:25 PM | 1 comentário(s)
quinta-feira, abril 13, 2006
DIA DO BEIJO + PÁSCOA =
 
postado por Aleksandra Pereira às 9:06 PM | 1 comentário(s)
sábado, abril 08, 2006
ENCONTROS E DESENCONTROS
Após dezenove anos, três filhos e todos os malabarismos para pagar hipoteca, planos de saúde, supermercado e a escola das crianças, Erasmo e Maria Clara mal conversavam. Mais do que a falta de tempo, perderam o hábito. Cansados, ao fim da noite não tinham ânimo nem para o sexo, quanto mais para discutir a relação ou mesmo os acontecimentos do dia.

A rotina era puxada: acordando pelas seis, Erasmo banhava os filhos sonolentos enquanto Maria Clara preparava a refeição matinal. Após a van do colégio partir, uma folheada no jornal, um gole no café, um olho no relógio. Com o lixo posto para fora, seguem para o metrô em silêncio, preocupados com atribulações, colegas, chefes e documentos. Algumas perguntas com respostas já conhecidas, onde completam o raciocínio do outro sem dúvidas ou protestos, porque o tempo, esse não pára.

Mas hoje não vivem tão mal quanto ao início do casamento, de favor com amigos e Maria Clara enjoando pela gravidez não desejada, mas bem-vinda. O primeiro filho os unira ao dividirem risos, caras de bobo, orgulho rasgado. Dividiram também a necessidade de um lar só deles, remédio, médicos, leite, fraldas e noites em claro.

E assim, sempre correndo para não faltar com os seus, seguiram a vida. Sentiam-se bem, ou pelo menos, não pensavam no assunto. O tempo lhes trouxe alegrias, tristezas, dívidas, promoções, mas uma hora a vida cobra todas as decisões tomadas, as escolhas adiadas.

Já na estação do metrô, espremidos no mar de gente, aguardam a chegada do próximo trem. Maria Clara lia o jornal que recebera logo cedo, Erasmo as propagandas espalhadas, inquieto. Passara os últimos dias tentando se lembrar de como era sua vida com Maria Clara, sua Mariquita, lá atrás, no começo, antes dos filhos, família, compromissos. Mal conseguia recordar. Puxava pela memória, confuso em meio às tantas pessoas que iam e vinham. E então lembrou do dia em que conhecera Maria Clara, sábado de carnaval, atrás do Bloco do Eustáquio. Perdida de sua amiga colombina, Maria Clara era uma cigana ao sabor de sua sorte, que encontrara conforto nos olhos plácidos de Erasmo.

Com um meio sorriso nos lábios, Erasmo observa Maria Clara, absorta em sua leitura. Erasmo lhe perguntou coisas simples, ao que ela resmungou respostas:

- Você passa no colégio pra pegar o Rodrigo? Eu pego o Marcelo no inglês.

- Ahã, tá.

-Almoça comigo hoje?

- Ahã, tá bom.

- Sei lá, podíamos sair mais tarde, talvez um cinema, que acha?

- Tá.

- Seu cabelo tá pegando fogo, Maria Clara.

- É sim. – o celular dela toca – Alô? Não, já tô chegando. Já tá no escritório? Não tô te ouvindo direito, até daqui a pouco. – O que você tava dizendo mesmo, Erasmo?

- Nada.

Mais outro trem chegou e saiu cheio, e a multidão não diminuía. Empurrados e apertados, Erasmo e Maria Clara se perdem um do outro. Maria Clara, em sua ginástica de ler o jornal e segurar a bolsa rente ao corpo, nem percebera. Ao virar para o lado e comentar uma nota lida, não encontrou Erasmo. Pôs-se na ponta dos pés, alarmada. Procurou manter a calma. Nada do marido. Mas o que mais lhe incomodava era a estranha sensação de solidão que lhe invadiu ao se ver sem Erasmo. Respirou fundo, e entrou no próximo trem. Ele se viraria bem sozinho.

Ao sair da estação, caminhando por ruas já tão conhecidas, o celular de Maria Clara toca:

- Alô?

-“E o amor sempre nessa toada:
briga perdoa perdoa briga.
Não se deve xingar a vida,
a gente vive, depois esquece.
Só o amor volta para brigar,
para perdoar, amor cachorro bandido trem.
Mas, se não fosse ele,
também que graça que a vida tinha?
Mariquita, dá cá o pito,
no teu pito está o infinito
*.”

E assim estavam, Maria Clara e Erasmo, parados, estancados frente a frente, ainda com os celulares ligados, dezenove anos, três filhos, o primeiro e único amor, de sempre e para sempre. E abriram um sorriso que iluminaria uma cidade inteira.

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*TOADA DO AMOR
Carlos Drummond de Andrade

CRÉDITOS IMAGENS:
Paul Chesley
Raymond Gehman

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postado por Aleksandra Pereira às 5:47 PM | 8 comentário(s)
quinta-feira, abril 06, 2006
LÁGRIMAS LAVADAS VISITA E RECOMENDA # 1


Contos & Cultos

Blog dos amigos santistas Alexandre Costa e Roberto Prado. Microcontos, crônicas e as deliciosas histórias de Doidinho, um garoto mais do que especial que, além de deixar a família maluca, nos faz lembrar com muita saudade nossa inocência infantil.


Nothing simple is ever easy

Andréa N. é uma mulher determinada e doce. Mesmo distante, seu amor por nosso Brasil não diminuiu. Antenada e sempre ligada aos acontecimentos do mundo e os fatos que nos cercam, na maioria das vezes melhor informada do que muitos de nós por aqui.


Síndrome de Estocolmo

Denise Arcoverde é uma mulher de fibra. Mãe devotada, esposa apaixonada, uma inteligente consciência política e um engajamento verdadeiro ao abraçar as causas nas quais acredita.

Com RESPEITO como palavra de ordem, um blog extremamente lúcido, propagador de idéias e ideais que, esperamos um dia, sejam parte integrante de todos nós.

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postado por Aleksandra Pereira às 12:35 PM | 4 comentário(s)
quarta-feira, abril 05, 2006
UMA VOZ QUE SE CALA
Ficamos triste quando um artista que admiramos se vai. Senti por Anne Bancroft ano passado, que foi mas nos deixou Mrs. Robinson de "The Graduate", a Helen Hanff de "84 Charing Cross Road", entre outras mulheres de fibra. Conhecemos seu rosto, a acompanhamos pelos anos. Mas, e quando somos fãs incondicionais de uma voz?

Não a de um cantor, como Frank Sinatra. A de um dublador.
Através do blog de um novo amigo, Nirton Venâncio, li que no início dessa semana, aos 61 anos, perdemos o ator e dublador Newton da Matta.

Newton foi o Pedrinho da 1ª montagem do Sítio do Picapau Amarelo, atuou e escreveu novelas durante alguns anos na TV Tupi, TV Rio e TV Globo, mas foi como dublador que da Matta ficou mais conhecido. Era dele a voz de Bruce Willis na série "A gata e o rato", nas versões nacionais de todos os filmes do ator (incluindo o recente Sin City), Dustin Hoffman, Paul Newman, Mickey Rourke e vários outros. Nas animações, dublou o Lion-O de Thundercats e o Flash e o Batman de Superamigos, entre outros.

Pelos trabalhos, quem me lê sabe que crescemos ouvindo sua voz.
Que fique em Paz.

foto extraída do site OMELETE

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postado por Aleksandra Pereira às 12:47 AM | 2 comentário(s)
terça-feira, abril 04, 2006
PAUSA PARA O INTERVALO COMERCIAL
 
postado por Aleksandra Pereira às 2:50 AM | 5 comentário(s)
domingo, abril 02, 2006
PARTIDAS
Ele está no meio de uma decisiva partida de xadrez; ela, cobrindo o evento para um documentário.

No primeiro momento em que ele se distrai do tabuleiro, seus olhos se encontram. Por instantes, ele se esquece do jogo. Ela, do filme. O oponente dele executa um lance. O contador do relógio começa a subtrair seu tempo de jogada, mas ele nem percebe. Ela é solicitada para ir à outra sala colher um depoimento, mas ignora o pedido. Se observam, fascinados.

Finalmente, ele percebe que precisa jogar, talvez pela tensão que fica no ar, ou pela sutil pressão dos árbitros. Analisa as posições das peças, movimenta seu cavalo, aperta seu contador. Ela lhe dá um pequeno sorriso, satisfeita com o lance escolhido. Conhece um pouco de xadrez, sabe que ele fez uma boa jogada.

A partida continua. Ele movimenta as peças pretas com agressividade e perfeição. À cada passo, aguarda dela um sinal de aprovação.

Observando sua estratégia, ela vai tentando desvendá-lo: estrangeiro, inteligente, impetuoso. Por causa do silêncio, necessário ao jogo, ainda não conhece sua voz. O vê sério, compenetrado, com o rosto desanuviado somente quando a olha.

"Ela trabalha com cinema", ele pensa. "Uma vida sem rotinas, sempre em movimento, em contato com diversas pessoas, uma contadora de histórias. O que ela pode ver de interessante em um jogador de xadrez?"

"Ele é lindo, vive viajando pelo mundo. O que pode ele querer com uma cineasta ainda amadora?", ela se pergunta.

A decisão do torneio se prolonga, tensa. De vez em quando o seu oponente se levanta, para descansar. Ele também aproveita para esticar as pernas, andar, estudar os lances dos outros competidores. Tudo o que puder fazer perto dela, ou que facilite olhá-la. Até mesmo beber café, coisa que detesta.

Os quatro minutos finais de seu oponente se aproximam. Já o seu contador ainda possui bons minutos de vantagem.

Ele se concentra nos movimentos das peças. Arrisca uma estratégia ousada, e a busca com olhar para comemorar o feito, mas ela não está lá. Seu impulso é levantar e procurá-la, mas é novamente sua vez de jogar. Executa então seu lance, triste. Nem se lembra de usar de algum estratagema, nada. Só quer sair logo dali, e encontrá-la.

Concentrado, enquanto aguarda seu oponente movimentar sua peça, sente seu coração desapertar. Sem levantar os olhos, sabe, sente que ela está de volta. Tem medo de procurá-la com o olhar, e descobrir que se enganou. Resolve arriscar, e então a vê, conversando com um colega de equipe. Sem dizer nada, ela lhe pede desculpas pela falta. Ele sorri de volta, e a perdoa.

Os segundos se tornam cada vez mais elásticos, parece que a partida não terá fim. Ele enfim acua seu oponente, que não tem nenhuma alternativa a não ser cumprimentá-lo e reconhecer sua vitória. Os juízes são chamados. Ela o vê refazer todas as possíveis jogadas com extrema agilidade. O outro jogador ainda tenta argumentar, sem sucesso. Após mais alguns movimentos, ele é oficialmente o vencedor. Feliz, a procura, mas mais uma vez não a vê, e nem a sua equipe. Ela não está em lugar nenhum. Seus amigos o chamam, ele é o grande vencedor do torneio, precisa receber e agradecer suas honras. Mas não está feliz.

Ela está no elevador, procurando, em frente ao espelho, ficar mais bonita para ele enquanto pragueja contra o técnico de som que teve problemas com o equipamento. "A partida já deve estar acabando", ela pensa. "Preciso voltar, e rápido".

Mal as portas do elevador se abrem, ela corre até o salão principal, onde agora só encontra o pessoal da limpeza e os árbitros. Na mesa onde ele jogava, o tabuleiro completo, com o rei preto ao centro. "Ele venceu", ela conclui, correndo de volta para o elevador, que desce.

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Pelo outro elevador, ele desce com suas malas e amigos, pensando se talvez todo o sentimento experimentado hoje tenha sido obra de sua imaginação. Que ela nunca o quis. Ele chega à recepção do hotel para acertar sua estadia, mas ainda com esperanças de encontrá-la. Não a vê. "Eu venci, mas a perdi".

O elevador pára no terceiro andar. Outros jogadores, alegres, enchem o elevador com malas e risadas, alheios ao que se passa no coração dela. Ela finalmente chega ao térreo, e não o vê. Checa com a recepção, e ele já se foi. Triste, pensa que deve ter mesmo imaginado tudo.

O carro onde ele está acomodado vai partir. Ele segura sua reluzente medalha na mão, triste demais para sequer ter vontade de olhar o hotel pela última vez. Se o tivesse feito, a veria saindo, desolada, segundos antes do carro arrancar. Ela reencontra sua equipe, e vai embora.

Andar da cobertura. Os organizadores recolhem os tabuleiros e as peças que foram utilizadas à pouco. Para surpresa de um dos árbitros, falta uma peça no tabuleiro utilizado pelo enxadrista vencedor: o rei preto. O rei perdedor.

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postado por Aleksandra Pereira às 3:16 PM | 2 comentário(s)

LÁGRIMAS LAVADAS© 2006, por Aleksandra Pereira. All rights reserved.